PARDO SUIÇO
O pescoço é bastante grosso nos machos e nas fêmeas, característica que deve ser corrigida, principalmente nas linhagens leiteiras; a barbela é pouco desenvolvida.
A cabeça possui tamanho mediano, com fronte larga, chifres curtos e dirigidos para frente e para cima, geralmente grossos na base; os olhos são grandes e pretos; as orelhas são de medianas e cobertas por pêlos.
Possuem peito largo e amplo tórax, com bom arqueamento de costelas; paletas grosseiras e musculosas; dorso e lombo com boa cobertura muscular; linha dorso-lombo-garupa reta; ventre desenvolvido; garupa ampla, larga e às vezes, com leve inclinação; nádegas e coxas com boa cobertura muscular e retilínea. Sua conformação varia, oras cilíndrica, revelando características de produção de corte da raça;
oras em forma de cunha, revelando características leiteiras. Possui membros curtos, com bons aprumos e cascos redondos e de cor escura; o úbere é bastante volumoso, de boa conformação e protegidos por pele fina e flexível; os tetos são bem implantados e de tamanho mediano.
Esta raça é voltada para a produção leiteira. A produção média por lactação, é de 3.000 kg. Na Suíça e em outros países, os machos são criados para a produção de carne.
No Brasil, as fêmeas são utilizadas para leite e os machos para corte e, em vários programas de cruzamentos com o Zebu, resultando em mestiços de boa qualidade e com dupla aptidão, para corte e leite.
Os mais antigos Pardo-Suíços, registrados pela história, viviam numa região correspondente ao nordeste da Suíça, desde cerca de 4000 A.C. (datação feita a partir de ossos encontrados nas ruínas do Lago Suíço, na borda dos Alpes), em condições climáticas e topográficas extremamente duras.
Nesse ambiente a natureza foi a responsável pela primeira seleção genética, pois sobreviveram os mais fortes, definindo os atributos básicos do Pardo-Suíço:
A partir do início do século passado, surgiu outro fator seletivo da raça, além da própria natureza. Os fazendeiros suíços começaram a selecionar animais para atender a demanda de exportação para o norte da Itália, em função de altura, peso e produção leiteira.
Por volta de 1850, a pauta de exportação do Pardo-Suíço ampliou-se para outros países: França, Alemanha, Áustria, Espanha e Estados Unidos.
No Brasil, os primeiros animais da raça chegaram no início do século vinte (1911), através de importações oficiais, sob patrocínio do governo. Vinte e sete anos após, em 1938, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço.
Em 11 de março de 1939, na Granja dos Papagaios situada em Itaipava, município de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, foi registrado o primeiro animal nacional, um garrote de nome "Hector de Papagaios", tatuado com o número 001, pelo então Presidente da República Exmo. Sr. Getúlio Vargas.